sábado, 2 de maio de 2015

Simbologia da Cultura Rastafari

O rastafarianismo, também conhecido como movimento rastafári ou Rastafar-I (rastafarai) é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, e faz parte da Trindade sagrada.
Rastafari é uma palavra do idioma Aramaico, que foi a primeira língua da Etiópia, um país que fica na África. O termo rastafári tem sua origem em Ras (príncipe ou cabeça) Tafari (da paz) Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação.A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professo a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponesa afrodescendente em meados dos anos 20, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassiê como o único monarca africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah.O movimento é algumas vezes chamado rastafarianismo, porém alguns rastas consideram este termo impróprio e ofensivo, já que “ismo” é uma classificação dada pelo sistema babilônico, o qual é combatido pelos rastas.Os “rastas” não freqüentam cultos em templos ou igrejas. São seguidores de Rastafari Makonnen, nome de batismo do Imperador etíope Haile Selassie I, que pregava a paz e a unidade entre os povos africanos e de todas as outras nações.A cultura rastafari tem uma ligação muito forte com a natureza, princípio básico da criação. Por essa razão, os “rastas” são naturalistas e vegetarianos, ou seja, não comem carne de nenhum animal. As cores têm importância fundamental e marcante, pois traduzem significados que representam a própria cultura rastafari, com seus princípios básicos de união e defesa de suas raízes.
O significado dos elementos estétio-artísticos da cultura rastafari está relacionada com suas origens doutrinárias onde se misturam símbolos antigos e contemporâneos. Quando se fala em "rastafari", certas imagens mentais são evocadas imediatamente, como "reggae music". Dreadlock ou a alegria, a vivacidade das cores predominantes em roupas e objetos. Cada um destes elementos tem sua razão de ser, sua explicação.
VERDEAMARELO e VERMELHO, acho que todo mundo ou quase todo mundo já deve ter visto essas cores juntas, talvez em alguma roupa ou simplesmente em uma pulseira. Muita gente fala que são as "cores do reggae" e confirmamos que realmente é! Porém, existe outro grande significado, que não se resume em apenas ser as "cores do reggae", mais também ser as cores da bandeira nacional da Etiópia e as principais cores para os seguidores do movimento rastafári, ambos com o mesmo significado.

(Os imponentes dreadlocks do rei Bob Marley)




Simbologia



Cores


Significados das cores do reggae:

VERDE = terra e esperança                                                                                                                    
AMARELO = a igreja e a paz                                                                                                                 
VERMELHO = poder e fé                                                                                                                     

As cores representativas tem valores tanto materiais (físicos) quanto metafísicos (ou espirituais). O físico, no verde, se relaciona à Terra-Mãe, natureza, fauna, flora tão exuberantes, na África, assim como no Brasil, fonte de vida e prosperidade, terra provedora de abrigo e alimento. O aspecto metafísico do verde é a esperança porque esta cor está ligada, nas tradições esotéricas mais antigas, aos fenômenos de renovação. No Taro, oráculo de cartas de origem hindu-egípcia, a carta XX, tem o verde como cor destacada. O arcano (a carta) chamado O Julgamento, mostra três figuras que se erguem de um túmulo diante de um anjo apocalíptico, uma cena de ressurreição.

Nos tons do amarelo e do vermelho se concentram outros significados subjetivos. A Paz, condição necessária a uma existência saudável; a Igreja, como força social de união entre os povos; o poder, como capacidade de realização de metas, de transformar sonhos em realidades e, finalmente, a Fé, sem a qual estas capacidades não podem ser alcançadas. É pela fé que se mantém a persistência rumo a um objetivo não obstante os numerosos obstáculos que se interponham entre uma pessoa e suas aspirações mais elevadas.

Dreadlock

Como já foi mencionado acima, o dreadlock se refere ao estilo ou visual dos cabelos. Muitas "tribos urbanas" adotam estilos característicos de cabelo (ou não-cabelo!) como signos de identidade. Basta mencionas os rockers e hipies clássicos, que usam cabelos longos; os punks radicais, chamados skinheads (carecas) ou os punks moderados e os góticos, com cabelos arrepiados e tingidos.

Os rastafaris não cortam os cabelos nem se preocupam em "domar" suas cabeleiras à custa de pentes e escovas furiosas, chapinhas (pequenas plataformas de ferro aquecido para alisar cabelos) ou produtos químicos. Os cabelos rasta crescem livremente e são cuidados com procedimentos normais que atendem simplesmente à higiene e a arrumação para fins práticos, com o prender ou usar uma touca em circunstâncias de trabalho. Há quem duvide mas os rastafaris lavam seus cabelos; apenas não usam gel, nem mousse ou laquê...

As tranças ou mechas são cultivadas desta forma por razões filosofico-religiosas e identitárias. Os rastafaris argumentam que o crescimento contínuo dos cabelos é condição natural da bioquímica do organismo humano, idéia que se combina com a evidência de queesta bioquímica é uma determinação de Deus, e a vontade de Deus é soberana. (A pelagem dos cavalos, das zebras ou das axilias e região pubiana, por exemplo, não crescem ad infinitum!). Por outro lado, o dreadlock remete à imagem da juba de um leão, animal que, enquanto símbolo, expressa várias idéias: rei (dos animais), força, coragem, dignidade. 


Historicamente, cada soberano da Dinastia do Rei Salomão, do Trono de Davi, recebe, com o cetro e a coroa, o título de "Leão de Judah", figura enigmática identificada como "aquele que resgata o Reino de Deus". Esotericamente, o leão refere-se ao retorno de Cristo (o Messias, o Salvador), que veio ao mundo há mais de dois mil anos atrás como "cordeiro de Deus". Dizem os profetas que a Segunda vinda do Messias ocorre nos seguintes termos: "o cordeiro voltará como leão". Para os rastafaris, este retorno já ocorreu e o Leão de Judá foi Haile Selassie, como foi explicado nos tópicos anteriores.

Texto adaptado SurfoReggae 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Veja também:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... HashFlare